Como investir DO ZERO – o vídeo que eu queria ter visto quando comecei (GUIA DEFINITIVO)
Eu já bati muito a cabeça. Já perdi bastante dinheiro tentando investir direito. E de tanto ouvir várias BESTEIRAS que alguns “gurus” falam por aí sobre investimentos… Hoje eu resolvi gravar pra você o vídeo
que EU MESMO gostaria de ter visto, quando estava começando a investir. Renda Fixa, Renda variável, juros… Tudo mastigado pra você virar um investidor DE VERDADE! Vamo nessa? Fala meu amigo, bom demais da conta?
Hoje a gente vai ver só o que importa, o que funciona e o que NÃO FUNCIONA para aumentar a sua RENDA e o seu PATRIMÔNIO. Feito com um carinho muito especial pra você, que ainda está todo perdidão nesse negócio de investimentos. Escreve aí #euinvestidor pra eu ver que é você quem decidiu passar a RECEBER juros, e não PAGAR um dinheirão para os outros. Só preciso que você fique até o final do
vídeo, pra entender TUDO, combinado?
Pague suas dívidas Primeiro
E é justamente nesse ponto que eu começo. Duro, mas eu não posso deixar de falar: DÍVIDAS. Já até me pararam na rua, aqui na minha cidadezinha, perguntando “onde devo investir”. Mas com cinco minutos de conversa, você descobre que a pessoa mal dá conta de pagar as despesas do mês. E tem vários problemas neste cenário. Primeiro que os juros que você paga quando está devendo, são ABSURDAMENTE maiores que o que você pode ganhar investindo. Colocando em números: no dia de hoje, tem investimentos que pagam 10% de juros ao ano, como o Tesouro Prefixado.
Tem um vídeo especial que a gente fez sobre comprar o primeiro título, deixo pra você no final. Mas se você está devendo no cheque especial, está pagando 10 VEZES mais juros que isso! Não vou nem falar do rotativo do cartão, que é quando você paga a fatura mínima. Então o primeiro ponto é esse: é mais importante
você ACABAR com as dívidas do que começar a investir.
Aumentar os aportes é melhor que tentar adivinhar o futuro
“Ah, mas eu não ganho bem, como eu faço?” Bom, tem toda uma mística, uma grife em se falar sobre investimentos. É chique, glamuroso. Mas o que poucos tem coragem de te dizer, é uma verdade muito mais dura: tem dois outros pilares da Educação Financeira, que são MAIS IMPORTANTES do que investir. Primeiro vem GANHAR DINHEIRO. Você não economiza nem investe nada se não tem renda.
A gente fala bastante aqui de como você pode se qualificar e aumentar a sua hora de trabalho. Vou deixar alguns vídeos na descrição pra você ver depois. Mas também não dá pra investir aquilo que
foi gasto. Então, toda riqueza da sua vida você vai
construir em cima do que você ECONOMIZOU. Não pense você que só pobre não tem dinheiro
pra investir não: tem muito rico por aí torrando tudo o que ganha. Aumentou demais o padrão de vida e o consumo mensal é tão alto, que também não sobra nada pra investir.
De qualquer forma, o que eu quero que você entenda é o seguinte: de uma forma ou de outra, tem que gastar menos do que você ganha. Por dois motivos: se você não tiver uma reservinha, uma gordurinha de dinheiro. Qualquer coisa que aconteça na sua vida, pneu furou, levou multa no carro, filho ficou doente…. Aí a beirada do abismo das dívidas está logo ali, já que você não vai ter de onde tirar o dinheiro. E também uma coisa muito importante, talvez o maior ensinamento que a Educação Financeira me trouxe. A formação do seu patrimônio tem MUITO, mas MUITO mais a ver com a sua disciplina de aumentar os aportes, ou seja, a quantidade
de dinheiro que você não gastou…
Do que aproveitar a bola da vez, acertar na veia aquela ação que vai bombar (como se alguém realmente pudesse prever o futuro né?)… Enriquecer é um processo que é SIMPLES. Mas não está longe de ser fácil. Muita gente morre pelo caminho porque não tem paciência de esperar, nem a disciplina de guardar uma graninha todos os meses. Em Educação Financeira, não tem atalho. Rápido você só vai conseguir ficar é POBRE mesmo, quando você acredita em investimentos milagrosos. Mais um aprendizado na minha vida: procure argumentos que REFUTEM aquilo que você acredita, não indícios que comprovem que você esteja
certo. Vale pros investimentos, mas pra vida também.
A real função dos investimentos
E agora lá venho eu jogando areia no chopp de muita gente por aí, mas eu nunca vou mentir pra você. Investimento não é aquele negócio que vai te deixar rico, principalmente no curto prazo. A função dos investimentos são duas, basicamente:
Proteger o seu dinheiro da inflação, o que está longe de ser trivial (a gente está falando de 9% de perda no seu poder de compra nos últimos 12 meses, meu amigo)! Valores altíssimos!. E também, com o passar do tempo, os investimentos aceleram o prazo que você tem pra chegar numa mesma quantia de dinheiro. Sim, investimento traz o que é mais valioso na sua vida: TEMPO.
Em vez de ter que trabalhar pra ganhar dinheiro, ele se multiplica sozinho pra você. Vamos pra prática. Digamos que você queira ter 500 mil reais e tem 500 REAIS pra investir por mês. Se você não investisse, precisaria de mil meses, ou seja, 83 anos pra acumular essa grana. Bom pra deixar de herança pro seu bisneto (se ainda valer alguma coisa até lá). Ao passo que, com um investimento de juros de meio por cento ao mês, você chega nos mesmos quinhentões. Mas só que em 30 anos, ou seja, 53 anos A MENOS! Você chega neste valor com esta fórmula do excel aí. =NPER(0,5%;-500;;500000)
Se você não manja e quer que eu grave um vídeo pra você sobre matemática financeira, que eu adoro, só escrever nos comentários. Os pedidos dos inscritos aqui do canal são uma ordem! Veja que se você aumentar o seu aporte para mil reais por mês, na medida que vai melhorando as suas condições (desafio pra você, que
está estagnado na carreira, meu amigo)… Aí você vai precisar não de 30, mas de 21 anos pra chegar nos quinhentos mil.
E o papel dos investimentos é SÓ esse. Nada vai te dar mais dinheiro no curto prazo que trabalhar. Pessoal confunde DEMAIS estes dois termos: Investimento: a gente falou aqui de meio por cento ao mês. Pode ser mais, ou pode ser até menos. Não importa: é o seu DINHEIRO que trabalha pra você TRABALHO: pode render 100% em 10 minutos. Vender água no farol dá isso, por exemplo. Só que você está empregando o seu TEMPO,
o seu esforço mental ou físico. Ou seja, nada vai “render mais” do que investir em você. Aperfeiçoamento profissional, dedicar tempo pra estudar, pra conhecer o mercado… Descobrir como atender o seu patrão (ou o seu cliente) de uma maneira mais eficiente.
Tudo isso melhora a sua capacidade de geração de renda. Uma vez alinhados, chegou efetivamente a hora
de investir. Só que ANTES de procurar ganhar, você precisa aprender a PROTEGER. Sabe por que? Porque não tem nada que te pague muito, que não seja arriscado. E também é importante se pensar em OBJETIVOS
Financeiros, para só então você buscar os investimentos. E a meta mais importante e a primeira da vida do investidor deve ser construir o seu COLCHÃO FINANCEIRO. Um punhado de dinheiro à sua disposição, caso algo aconteça de alguém ficar doente, você ficar desempregado…
Faça uma reserva de emergência
A gente está falando de acumular um montante de dinheiro equivalente a pelo menos 6 meses dos seus gastos. Se você ganha 2 mil, precisa juntar pelo menos 12 mil reais. Se for um autônomo, é prudente que você
tenha pelo menos 1 ano de dinheiro guardado. Sei que isso é um sonho pra enorme maioria dos brasileiros. Mas é isso ou ficar ali, na beirinha do penhasco das dívidas.
Vale muito a pena você fazer renda extra, vender algo que não esteja usando no dia a dia ou que possa substituir por um bem mais barato. Porque se você precisar, de uma hora pra outra, aí vai ter que dar um belo de um desconto pra encontrar um comprador de ocasião. E pra esse objetivo do colchão financeiro, quais as suas necessidades? Que o dinheiro esteja à sua disposição a qualquer hora, certo? Afinal, piriri não dá aviso (no máximo umas “cochadas” na pança). Isso no mercado financeiro chama “alta liquidez”. A disponibilidade de dinheiro, eu digo, não a dor de barriga.
Pois bem, e pro seu colchão financeiro, qual é o melhor investimento? Um CDB com boa liquidez, com pelo menos 100% do CDI, que é uma taxa que a gente pode considerar que é a mesma da SELIC. Isso porque a SELIC, via de regra, não é TÃO alta assim. Então, que pelo menos recebamos o valor integral dela (o que geralmente não existe nos bancões). Ou você pode também comprar o TESOURO SELIC, que é muito interessante para este objetivo do colchão financeiro também.
Pois bem, uma vez que você estiver com o seu colchão financeiro formado, aí primeiro meus parabéns, meu amigo. Você é um vencedor aqui no Brasil. Aliás, eu diria no mundo todo, mas deixa eu parar de te elogiar. Isso porque o seu papel de investidor ainda não está pronto. Uma vez que você pensou em PROTEGER, agora
chega mais aqui do lado do pai.
Riscos de se investir
É hora de começar a entender uma coisa que se chama RISCO. Sim, aquele mesmo que arrepia tudo. E pode destruir todo um patrimônio. Mas tem um detalhe, meu amigo: sem RISCO, ninguém fica rico. Já pensou nisso: toda riqueza do mundo, a não ser das heranças, foi construída em cima do risco.
Alguém que foi lá e acreditou num empreendimento. A despeito de todas as dificuldades (e do governo), foi lá e aportou o seu dinheiro muito antes do resultado começar a aparecer. E sem garantia NENHUMA ainda. Como consequência, gerou impostos e emprego para muitas pessoas. Não é pra se aplaudir de pé? E ainda tem gente que acha que os empresários são os malvadões ainda, mas deixa pra lá. Por sorte, tem RISCO de todos os tipos – e vários muito menores que o de se empreender.
Vamos continuar nesse mundinho da Renda Fixa, aquele tipo de investimento mais conservador, onde a gente pode ter uma ideia, no momento da contratação, de como se comportará o rendimento da sua grana. Existe um risco que é simplesmente você não poder contar com a grana antes do vencimento. Chama risco de carência, ou de liquidez. Pra isso, tem um montão de investimentos (ou títulos) pra você escolher, pra esta parte do dinheiro que você pode “esticar” um pouco mais.
Por exemplo, tem o próprio Tesouro, mas o IPCA+, que paga a inflação MAIS uma taxa definida no momento da contratação. Tudo o que você tem que fazer é verificar se o prazo do título é compatível com aquele seu objetivo financeiro correspondente. Já falamos do Tesouro Direto, que conta com a garantia do próprio emissor da moeda, o nosso governo. Mas também existem investimentos privados, dos bancos por exemplo.
Tem CDB que acompanha o CDI, como a gente viu. Mas tem também LCI e LCAs, que se parecem
mais com o tesouro IPCA: pagam um valor adicional, um prêmio extra sobre a inflação. E com uma vantagem: ao contrário do Tesouro e dos CDB´s, as LCI e LCA não cobram imposto de renda.
O risco aqui é só você ter que ficar de olho na saúde financeira do emissor (que você pode ver em sites como o bancodata) e também olhar direitinho o prazo e a aplicação mínima. Todos estes investimentos privados que a gente acabou de ver, contam com garantia do Fundo Garantidor de Crédito, o FGC, em até 250 mil reais por CPF e por instituição financeira.
Existem também outros investimentos da Renda Fixa que não têm FGC, como os CRIs e os CRAs e as debêntures, que podem oferecer mais rentabilidade, mas ao custo de você ter que dedicar o dobro da atenção em se debruçar no balanço financeiro de quem emitiu o papel que você está investindo.
Veja que a Renda Fixa tem riscos, mas praticamente TODOS estão na sua mão. Olhar as condições de resgate e as condições financeiras da instituição matam praticamente todas as dores de cabeça na renda fixa. Mas ainda dá pra você evoluir como investidor.
Empreender sem ser o dono
A gente acabou de falar em Empreender, não é? E geralmente quase TODAS as pessoas que você
conhece empreenderam, fala a verdade? Definitivamente, empreender não é pra todo mundo. Mas, claro, também pode ser uma possibilidade pra você. Por aqui, são mais de 20 anos de luta já. A boa notícia é que, seja você empreendedor ou não, dá pra participar de “empreendimentos” financeiros, ser sócio deles, sem ter que correr os mesmos riscos do dono.
E digo mais, sem precisar trabalhar nos negócios. Lindo né? Pois é, mas TAMBÉM não é pra todo mundo. Percebe a JORNADA de investidor, o dever de casa que você tem que ter feito, pra chegar até aqui? Seja no mundo real ou no mercado financeiro, não dá pra empreender (ou seja, arriscar) se você não tem paz de espírito pra colocar a cabeça no travesseiro e dormir. Por isso que você tem que ter o seu colchão financeiro, tem que ter investido na renda fixa, entende?
Mas sem chegar neste ponto, meu amigo… Eu nunca vi ninguém ficar rico só na renda fixa, ou seja, pensando em se proteger a todo o momento. Para um percentual do seu dinheiro, você vai precisar arriscar um pouco mais. Essa alocação depende do seu perfil de investidor, você pode ter 5% dedicados para o risco. Ou mais, se tiver experiência e isso não tirar o seu sossego.
Renda variável
A gente está falando da linda e tão temida ao mesmo tempo, RENDA VARIÁVEL. Você pode ser sócio de boas empresas na bolsa, como os bancos mesmo. Fala a verdade, que mudança de vida: em vez de dever as faturas para o bancão, correr pra matar um leão todo mês…
Você virar ACIONISTA deles, um pequeno dono de um grande negócio (como diz o mestre Barsi, em um vídeo que gravamos com a lenda aqui pro canal). Ou também ser sócio da companhia de energia, e jogar na cara da sua mãe, que perguntava se ela era sócia da Cesp quando você era criança.
Ou da Cemig, light, seja o que for… E mais: como acionista, você passa a ter direito a uma distribuição dos lucros destas empresas! Veja você que não tem garantia de absolutamente nada: nem se vai ter lucro no negócio, muito menos se vai conseguir recuperar o que você aportou, ou seja, se o preço da ação vai subir ou cair depois que você comprou.
Por isso mesmo que na renda variável você não pode entrar de cabeça. Nem colocar dinheiro que você tenha prazo para retirada. Funciona igualzinho num negócio: qual o prazo para a sua empresa dar “certo”? E tem garantia pra isso? Nada! Então na renda variável a gente entra devagar, comprando um pouquinho todo mês. E não tem só ações não, têm outros mercados muito interessantes.
Como por exemplo os fundos imobiliários (os FIIs), em que você recebe parte dos aluguéis dos imóveis, e não tem um segundo de dor de cabeça com inquilino, imobiliárias e reformas. E vem limpinha a grana, ou seja, sem desconto de imposto de renda (ao contrário de quando você aluga um imóvel). A única “dor de cabeça” é você ficar olhando todo dia a cotação das coisas na renda variável.
Nos FIIs ou nas ações, você pode saber quanto “tá valendo” seu investimento a qualquer hora dos dias. E isso é uma benção, pois você pode sair de qualquer destes investimentos, a qualquer momento do dia. Mas também é uma maldição pra muita gente: o cara fica olhando e se desesperando com a oscilação das cotações. Veja que se você diversificar bastante, não tem que se desesperar até se um ativo for pra zero, se a empresa quebrar. Você fica triste, claro, mas não quebra se a empresa quebrar, desde que você tenha só um percentual do seu dinheiro investido naquela companhia.
Por isso que o ideal é você criar uma CARTEIRA de investimentos, com renda fixa (e vários investimentos dentro dela), Renda Variável (com ações, fundos imobiliários)… Quando você começa a conhecer os ativos,
pode também investir em moedas (ou até criptomoedas, como o Bitcoin), ouro, ações dos Estados Unidos. Com isso, mesmo se tiver uma crise mundial, qual a chance de tudo cair, ao mesmo tempo? Até se vier um apocalipse zumbi, eu te garanto, você vai estar melhor que muita gente. O lado ruim é que isso requer paciência e tempo pra você entender como funciona direitinho cada um destes investimentos. Mas a boa notícia é que tem TUDO aqui no canal.
Valeu, tudibão e tchau!
Poderá ver o vídeo no youtube Aqui